Apenas o vento corre pelos percursos
Delineados por solitários inselbergs
Rochas remanescentes enormes, icebergs
Seria mais apropriado termo, pois no russo
Inverno são aprisionadas, feito almas
Imóveis, inalcançáveis no inferno de gelo
Em que foram capturadas. Só há zelo
Da luz do sol, à iluminá-las, as pedras más
Gritam do ardor da lava, magma azul marinho
Estático, tudo estático, um deserto
Não há nenhum tipo de movimento que decerto
Mostraria um metabolismo de homogêneo
Ecossistema abiótico, mais uma vez
Só há vento, só há gelo, só há rocha, só há solidez
Sobre o chão onde piso a água perdeu toda a sua fluidez
E sob ele ela parece uma resina. Vês
Tu o quanto o jardim da minha alma é insólito?
Vácuo... Vago... Vasto... E insólito...
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