O que fazer com toda a inquietação
A timidez pungente, o arrependimento
De saber que não se terá agido
E toda a falta de entedimento
A respeito do que está acontecendo
Não é hora epifânica e de razão
As teses trêmulas, sucumbindo
A saliva chove alma adentro
A trepidação do espírito
É perceptível no centro
Do meu humilde e estrito
Estar, vais assim me arrebatando
Tudo isso é pouco, pra explicar meu desconcerto
Meu falar é rouco, meu falar comigo mesmo
Meu ar é seco, o que incrementa o desconforto
O que implementa o desespero, lirismo
Exagerado, clichês, tudo aqui tem algo a ver
Mas não tem solução, qualquer um pode entender
Porque que mais um ser humano consegue
Além de se manter de pé
Diante da presença de alguém
A quem uma singularidade física
Persegue, o espaço-tempo
Encurta caminhos, trajetos
Tanto aproximas nossas almas que até
Do teu calor a minha se apetece
Não mais do que uma mulher para outrem
A criação da singularidade mais única
Para mim, e nada tento
Apenas te observo os trejeitos
Teu nome nem sei
Se foi escrito ao lado do meu
Menos
Mas és tão rara para mim
Que sinto o furor de te ter descoberto
E ardor de poder deixar-te ir
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