sexta-feira, 2 de outubro de 2009

UM TRILHÃO DE ANOS

Sinto a brisa fantasmagórica da estrela
A vagar pachorrenta pelas alamedas
Há muito abandonadas, vazias, esquecidas,
Só com o vento solar azul frio a aquecê-las...

A memória do funeral se esvaiu, toca em vão,
Ressoa a melodia fúnebre nos confins surdos
Da distância infinda, onde não há ar... Os mudos
Vácuos vagam por onde mundos já vagaram.

Ah... Meu espectro flutua onde se desintegrou
A tumba do cosmos... O sepulcro se verteu
Em poeira, essa foi soprada, há muito voou.

Ficou apenas a memória diluída, morta...
A alma ressequida que o combustível queimou
Definha tosca na vaguidão insólita...

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