Palavras estas que queimam o meu intento
As observo, malho!... Limo, suo e teimo!
Minha alma ferve e por isso que tento!
Mas de quê que adianta?
A estrofe quebranta
Se perde aí todo esteio, depois de tanto
Que já foi feito... Não há ermo para termos
Onde naufragar sementes sem alento
Se a vida prolifera e ulula em mente
Vemos logo que não passa de apenas
Uma elegia tocada intermitente
E para que canta?
Se tal morte astuta
Aparece preta, assusta a gente
Sussurra visceral, espalha penas
Vem e vai ilusória e sorrateiramente
Ao final eu não consigo captá-la
Não sei pintá-la, e é que até persisto
Por entre orações da vida, mas cala,
Porque... adianta?
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