quinta-feira, 3 de setembro de 2009

LUZ BRANCA

Ah! Luz branca! Fulgor da alma! Oceano aéreo...
Vogo no teu humor, à deriva, ó leveza,
Sopro morno, seio materno, ó corpo etéreo!
Me punge, peneira, enleva-me em realeza!

No cinza monótono, no fosco, no opaco,
De ti me lembro, e flutuo em terna liquidez.
Aos olhos podes ser terno afago, Góticos
Raios de serena gelidez e suave agudez...

Tenra ventania, brisa inerte, onda de alto mar,
Embala, comove, chama as brumas e névoas...
Um Anjo entrecorta as nuvens, e Gloriosa ama!

Ó Ninfa dos lagos luzeiros, das jazidas
De cristais pastosos, abre as asas e voa!
Toca-me a face, faz-me a vida mais Vívida!

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