sábado, 27 de novembro de 2010

DESORDEM DO COLAPSO DAS COLÔNIAS

Ah, tomo corpo esquálido da criança,
Tão frágil, tão magro, entre meus braços...
Beijo a fronte rígida, porém mansa,
Tão dessecada... de ríspidos traços...

Numa tosse ela golfa o sopro vital,
E o líquido anêmico me asperge.
É quando há tanta carência de Esprital
Que a minha fútil consciência emerge.

A grita rosna, o rugido ecoa,
A relva cai como a vida escoa.
As montanhas permanecem imutáveis.

E só então é que a areia se mexe,
Ao chão escavar. É um ato de praxe
Evadir-se das penas inexpiáveis.

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