Ó, fruto sagrado!
Ó, atrocidades mil!
Ó, eleição divina!
Ó, velhos discos de vinil!
Vão deixar meu samba
Apodrecer na rua
Feito cachorro velho
Ignorado aos assobios
Assim na corda bamba
Nessa verdade nua
Num turbilhão estéreo
A me assoprar dos lados
Brincando comigo assim como alguém chuta
Uma lata amassada, uma carcaça na calçada
O cão sem dono, mas amigo de todos, na justa
Hora em que morre, arrebatado numa tragada
Só
Só
Eu me encontro, depredado
E por mim mesmo, confinado
No consultório psiquiátrico
Da epifania e auto-análise
Irônico e sarcástico
Publicamente gentil
Internamente sagaz
Altamente febril
A anedonia e também a autólise
Gravam em mim as tatuagens
Das intempéries e estiagens
30ml é uma baixa dose
Para acelerar o passar do tempo, e
Me levar logo à ti, me desculpar
Ao saber do que fiz, o que ouvis
É minha apologia, uma elegia que
Muito em breve terminará
6 comentários:
aê... até que enfim eu vou encher teu saco online! Esse mictório tá mto virtual pro meu gosto.
^^
adivinha que eh...
Mil perdões pela simplicidade, mas eu não entendi o alto nível do seu comentário, Srta. Psicográfica... =D mas eu gostei muito!
alto nível nada... banheiro francês tem nível, mas minhas descargas são paraguaias, as torneiras são importadas da Colômbia, só a água que é brasileira
ps.: me chama apenas de wc, ou de vocÊ... você não chamaria de lord o cara que tava no mictório vizinho, não é mesmo?
Eu chamaria poucos de 'lord', mas se ocorresse de estarem no mictório vizinho, não há o que fazer se não continuar tratando do mesmo jeito, WC.
Autólise?! Meu filho, saia dessa vida, saia u.u
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