Gestos... sons... turbilhões trêmulos,
Tempestades em copos d’água...
Horizontes impassíveis, os
Velhos traços, eis aqui mágoa.
Ressentimento velho, já era...
Inerte dentro do veículo
Que tão logo me acelera
Em doze horas me vejo
A pé na calçada
Pessoas correndo
Vácuo surgindo
A fé superada
Eu sou dragado
Vórtice criado
Do coma eu acordo trépido,
Os sentidos lentamente vêm
De volta da nauseante, também
Movediça temeridade...
O mesmo raciocínio de
Antes, e me sinto pérfido...
Finalmente estou aquém da traição
A que me lancei, ambas as mãos
Abertas, em queda livre
No meio da passarela
De pé, e caindo sempre
Perdido na aquarela
Que borra do céu, entre
Gotas... Chora! Estala!
Dentes com dentes! Ranja!
E a aquarela apenas fica mais borrada quando a encaro entre lágrimas...
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